Saúde

Como melhorar o Congelamento da Marcha em Pacientes com Parkinson?

O congelamento da marcha é um dos sintomas mais desafiantes na Doença de Parkinson, é caracterizado por perda repentina da capacidade de mover os pés, podendo levar a quedas e traz impactos negativos na qualidade de vida. Cerca de 60% dos portadores da Doença de Parkinson podem apresentar essa condição independente da fase da Doença de Parkinson.

A fisioterapia  tem papel fundamental no controle do congelamento, durante a reabilitação são utilizados pistas externas ( cones coloridos ) sendo eficaz em reduzir o bloqueio motor durante a marcha.

O fisioterapeuta  utiliza estratégias específicas para melhorar a mobilidade, a transferência de peso, o treino de equilíbrio visando melhora nos episódios de congelamento.

Além dos exercícios, e possível ensinar aos pacientes e familiares algumas técnicas que permitam com que o indivíduo consiga sair de um episódio de congelamento.

Como sair de um episódio de congelamento no Parkinson?

  1. Mudar de direção: se estiver caminhando para frente, tente ir para os lados e depois continue a caminhar.
  2. Balançar o corpo: troque o peso de uma perna para outra até conseguir dar o próximo passo.
  3. Marchar parado: fazer movimentos elevando os joelhos pode dar ritmo, facilitando a retomada da marcha.
  4. Escolher outro movimento: se o congelamento ocorrer caminhando, tente movimentar as mãos ou levantar os braços.
  5. Utilizar recursos do ambiente: se o piso tiver marcações, use-as como referência, tentando passar por cima de linhas, por exemplo.
  6. Contar números de maneira ritmada: tente caminhar enquanto conta: um, dois, um, dois…
  7. Se congelar, não tente continuar o movimento, PARE, pense em alguma estratégia, e comece novamente.
  8. Quando passar por portas estreitas e possuir o congelamento durante a marcha, oriente a pessoa: vire a cabeça para direita ou esquerda, dê um tapa na perna, nunca tenta puxar a pessoa durante episódios de freeezing (congelamento), pode ocasionar uma queda e consequentemente fraturas.

É possível viver bem com Parkinson!

Por Dra. Tatiane Alves Silva

Dra. Tatiane Alves Silva
Fisioterapeuta graduada pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
Especialista em Geriátria e Gerontologia pela UFMG
Fisioterapeuta Domiciliar em Sete Lagoas
Fisioterapeuta do Meu Canto Conviver.
Fisioterapeuta da ILPI Real Sênior.