O 20 de novembro é mais do que um feriado nacional; é um convite coletivo para reconhecer a contribuição fundamental da população negra na construção do país e reafirmar o compromisso com a igualdade.
A celebração do Dia da Consciência Negra não foi escolhida ao acaso. A data homenageia a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo máximo da resistência contra a escravidão no Brasil. Mas, ao olharmos para o presente, o 20 de novembro transcende a homenagem histórica: ele se torna um dia de reivindicação por protagonismo, respeito e futuro.
O Legado de Resistência
Relembrar Zumbi e Dandara é manter viva a memória de que a liberdade não foi uma concessão, mas uma conquista árdua. A “consciência” que a data evoca é a compreensão de que o racismo estrutural ainda opera em nossa sociedade e que combatê-lo é um dever de todos, não apenas da população negra. É um dia para celebrar a ancestralidade que moldou nossa língua, nossa culinária, nossa música e nossa forma de ver o mundo.
Protagonismo e Liderança no Mercado
No cenário atual, a Consciência Negra também se manifesta na ocupação de espaços de poder. Vemos um movimento crescente de afroempreendedorismo, onde homens e mulheres negros não apenas criam negócios para sobreviver, mas para inovar e liderar.
A presença negra em cargos de liderança e no comando de empresas rompe barreiras históricas e serve de inspiração para as novas gerações, provando que a diversidade intelectual e cultural é um motor potente para qualquer economia.
A Estética como Ato Político e de Autoestima
Não podemos falar de Consciência Negra sem abordar a revolução estética que vivemos. Assumir os traços, o tom de pele e a textura natural dos cabelos é um ato político de autoaceitação e resistência.
Durante décadas, padrões de beleza eurocêntricos foram impostos, mas hoje celebramos a beleza negra em sua plenitude. O “Black Power”, as tranças e os cabelos crespos e cacheados são coroas que contam histórias. Profissionais da beleza e da moda têm um papel crucial nesse processo, pois ao valorizar a estética negra, ajudam a reconstruir a autoestima e a identidade de milhões de brasileiros.
O Caminho à Frente
O Dia da Consciência Negra é um marco, mas a luta é diária. Que esta data sirva para:
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Educar: Buscar conhecimento sobre a história real do Brasil.
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Valorizar: Consumir produtos e serviços de empreendedores negros.
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Respeitar: Entender que a luta antirracista é urgente e necessária para uma democracia plena.
Que o respeito à ancestralidade nos guie rumo a um futuro onde a cor da pele não defina oportunidades, mas onde a diversidade seja celebrada como nossa maior riqueza.





















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