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Fortalecer para viver melhor: fisioterapia pélvica devolve controle e bem-estar às mulheres

Especialista explica como o fortalecimento do assoalho pélvico pode prevenir a incontinência urinária, reduzir dores durante o sexo e transformar a relação da mulher com o próprio corpo.

A fisioterapeuta pélvica Inara Moreira destaca que a incontinência urinária é mais comum do que se imagina — e que o fortalecimento dos músculos pélvicos é essencial para devolver qualidade de vida e autoconfiança às pacientes.

“Com exercícios, técnicas e recursos específicos, conseguimos restaurar a função e devolver a confiança à mulher, sem precisar recorrer, na maioria dos casos, a cirurgias ou medicamentos”, afirma.

Segundo a profissional, a fraqueza do assoalho pélvico pode ocorrer após gestações, partos vaginais, cirurgias ginecológicas, menopausa, sobrepeso ou hábitos diários incorretos, como segurar o xixi por muito tempo ou fazer o famoso xixi preventivo. Essa fragilidade muscular, além de provocar perdas urinárias, também pode causar dor ou desconforto durante a relação sexual.

A fisioterapia pélvica, explica Inara, atua tanto na reabilitação quanto na prevenção. Entre as técnicas utilizadas estão exercícios de fortalecimento e relaxamento, liberação manual, biofeedback, eletroestimulação e treinamento postural e respiratório. Tudo é feito de forma individualizada e respeitosa.

Além do tratamento, a especialista reforça a importância da prevenção: manter boa postura, não reter urina por longos períodos e praticar exercícios pélvicos regularmente. Esses cuidados, segundo ela, “ajudam a manter a lubrificação natural, evitar perdas urinárias e preservar a saúde íntima ao longo da vida”.

Durante o parto e a menopausa, fases que impactam diretamente a região pélvica, o acompanhamento fisioterapêutico é ainda mais importante. Ele ajuda a preservar força, elasticidade e sensibilidade, contribuindo para o conforto e o prazer sexual.

Para Inara, o cuidado deve ser integral e multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, urologistas, psicólogos e nutricionistas, entre outros profissionais.

“O corpo fala, e quando o ouvimos com atenção e acolhimento, é possível viver com mais liberdade, prazer e confiança”, conclui.

Confira a entrevista completa

Quais são as principais causas da incontinência urinária em mulheres e como a fisioterapia pélvica pode ajudar no tratamento?

A incontinência urinária é muito mais comum do que se imagina e pode acontecer por diversos motivos. Entre os principais estão a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, um grupo de músculos que sustenta a bexiga, o útero e o intestino.

Essa fraqueza pode surgir após gestações — pois a gravidez é um fator de risco —, partos vaginais, cirurgias ginecológicas, menopausa, sobrepeso ou esforços repetitivos no dia a dia, como segurar a urina por muito tempo ou carregar peso da forma errada.

A fisioterapia pélvica atua exatamente nessa musculatura, ajudando a fortalecer, reeducar e melhorar o controle urinário.

“Com exercícios, técnicas e recursos específicos, conseguimos restaurar a função e devolver a confiança à mulher, sem precisar recorrer, na maioria dos casos, a cirurgias ou medicamentos”, afirma a especialista.

Existe relação entre a fraqueza do assoalho pélvico e a dor durante a relação sexual?

Sim, existe. A musculatura do assoalho pélvico também está envolvida no prazer sexual. Quando ela está fraca demais ou tensa demais, pode causar desconforto e dor durante e após a relação. Em alguns casos, essa musculatura se contrai de forma involuntária, dificultando a penetração ou gerando dor ao toque.

“Fortalecer e equilibrar essa região não é apenas uma questão funcional, mas também de bem-estar, autoestima e qualidade de vida sexual”, destaca Inara.

Como identificar se a dor na relação sexual está relacionada à musculatura pélvica e não a outros fatores?

A avaliação feita pela fisioterapeuta pélvica é essencial. Durante o atendimento, analisamos a força, o tônus, a coordenação e a ativação correta dos músculos, além de conversar sobre sintomas, histórico de partos, cirurgias, estresse e rotina.

Quando a dor tem origem muscular, ela costuma aumentar durante a penetração, estar associada à tensão pélvica e melhorar com técnicas de relaxamento e toque terapêutico. Se houver outros fatores, como alterações hormonais, infecções ou causas emocionais, a paciente é encaminhada para avaliação médica ou psicológica, sempre com uma visão integrada.

Quais exercícios ou técnicas a fisioterapia pélvica utiliza para melhorar o controle urinário e reduzir a dor sexual?

Utilizamos uma combinação de recursos que variam conforme cada mulher. Entre eles estão os exercícios de fortalecimento e relaxamento do assoalho pélvico, técnicas manuais de liberação muscular, biofeedback, eletroestimulação e treinamento da respiração e postura.

Tudo é feito de forma confortável, respeitosa e personalizada, com o objetivo de restaurar o controle muscular, diminuir a dor e melhorar a consciência corporal e a sensibilidade da região íntima.

É possível prevenir a incontinência urinária e a dor sexual com hábitos ou exercícios diários?

Sim, é totalmente possível — e a prevenção é o melhor caminho. Pequenos hábitos fazem toda a diferença, como não segurar o xixi por muito tempo, evitar empurrar para urinar ou evacuar, manter uma boa postura e praticar os exercícios de fortalecimento e consciência do assoalho pélvico regularmente.

Esses cuidados ajudam a evitar a perda urinária, manter a lubrificação natural e preservar a saúde íntima ao longo da vida.

“A prevenção é o melhor caminho. Pequenas atitudes diárias ajudam a manter a força, o equilíbrio e o conforto íntimo”, reforça a fisioterapeuta.

Como o parto vaginal ou a menopausa influenciam na saúde pélvica e na ocorrência desses sintomas? Há como prevenir ou solucionar?

Durante o parto vaginal, os músculos e tecidos da pelve passam por um grande estiramento — algo natural, mas que pode gerar fraqueza ou perda de sensibilidade se não houver reabilitação adequada.

Na menopausa, a queda hormonal provoca ressecamento e perda de elasticidade dos tecidos — a famosa “flacidez vaginal” —, o que também pode causar dor e dificuldade de controle urinário.

Mas há boas notícias: a fisioterapia pélvica no pré e pós-parto e durante a menopausa ajuda a manter a força, o equilíbrio e a lubrificação, garantindo qualidade de vida, conforto e prazer sexual.

Que tipo de acompanhamento multidisciplinar pode potencializar os resultados do tratamento fisioterapêutico?

O cuidado da mulher deve ser integral. A fisioterapia pélvica tem ótimos resultados, mas o tratamento é ainda mais eficaz quando existe uma equipe trabalhando junto — com ginecologistas, urologistas, psicólogas, nutricionistas e endocrinologistas, por exemplo.

Cada profissional atua em um aspecto diferente — físico, hormonal ou emocional — e, juntos, proporcionam uma recuperação completa, humanizada e duradoura.

Qual a mensagem final que você deixa para as mulheres sobre a importância de cuidar da saúde íntima?

“Cuidar da saúde íntima é cuidar de si por inteiro. Muitas mulheres convivem com perdas urinárias, dor nas relações ou desconfortos que acreditam ser ‘normais da idade’, mas nada disso precisa ser normalizado. O corpo fala, e quando o ouvimos com atenção e acolhimento, é possível viver com mais liberdade, prazer e confiança”, conclui Dra. Inara Moreira.

Contatos

Clínica Ana Rita – R. Cirílo de Abreu, 340, Chácara do Paiva, Sete Lagoas
Telefone/WhatsApp: (31) 98864-3948
Instagram: @dra.inaramoreira
E-mail: inaramoreira@icloud.com

 

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