No inverno, as temperaturas baixam, transpiramos menos e, como consequência, bebemos menos água. Essa mudança, para a maioria das pessoas, não representa um problema grave, mas na terceira idade ela requer
cautela. À medida que envelhecemos, o mecanismo do corpo que nos faz sentir sede fica naturalmente mais lento e o risco de desidratação, mais expressivo. É contraditório pensar em desidratação no inverno, mas esse deve ser um ponto de atenção para mantermos o idoso da maneira mais saudável e equilibrada possível.
O que é desidratação e quais os sinais?
A sede é responsável por indicar que o nível de hidratação no organismo está abaixo do ideal, nos impulsionando a buscar água. Se ignorada, ela pode evoluir para a desidratação, quando a perda de água no corpo é maior do que
a ingestão.
A condição tem entre seus sintomas urina escura e com cheiro forte, boca seca, saliva espessa, olhos sem lágrimas e, especialmente em idosos, alteração do nível de consciência .
Por que os idosos correm mais risco de desidratação?
Esse grupo é mais vulnerável ao problema devido a uma série de características. Em primeiro lugar, como mencionado, pessoas com mais de 60 anos têm uma diminuição na sensibilidade dos receptores corporais que
induzem à sede. Assim, a tendência é sentir menos vontade de beber água, mesmo quando o corpo necessita de líquidos.
Além disso, a utilização de alguns medicamentos pode levar o idoso a urinar mais vezes e perder um volume maior de líquido. Por fim, com o envelhecimento, o organismo naturalmente passa a ter mais dificuldade para
absorver líquido.
Para os idosos, quais os riscos de não beber água
O principal risco relacionado à baixa ingestão de água está associado ao funcionamento dos rins. Os idosos têm uma falsa sensação de saciedade e, assim, bebem menos água, fazendo com que o rim trabalhe mais e causando alteração em suas funções.
A desidratação também pode provocar sintomas menos óbvios, como confusão mental e problemas de memória.
Os benefícios da hidratação na terceira idade
* Melhora a função cognitiva: uma ingestão adequada de água contribui para a manutenção da memória, prevenindo sintomas de confusão mental e fadiga.
* Mantém a mobilidade e a saúde muscular: a água é essencial para a lubrificação das articulações, prevenindo dores e dificuldades motoras.
* Ajuda na regulação da temperatura corporal: os idosos têm maior dificuldade em perceber variações de temperatura, tornando a hidratação essencial para evitar hipertermia ou desidratação em dias quentes.
* Favorece a saúde da pele: com o envelhecimento, a pele se torna mais fina e frágil. Manter o corpo hidratado contribui para uma pele mais resistente e menos suscetível a machucados e hematomas.
Evitar bebidas alcoólicas e com alto teor de cafeína, que podem aumentar a perda de líquidos.
Por Tatiane Alves Silva
Tatiane Alves Silva
Fisioterapeuta Graduada pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
Pós Graduada em Geriatria e Gerontologia UFMG
Atendimentos domiciliares em Sete Lagoas
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