Encontro na Câmara Municipal reúne vereadores e gestores da Saúde para tratar de filas de espera, carência de estrutura tecnológica e planejamento de ações para 2026.
Na tarde da última segunda-feira (20), a Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social da Câmara Municipal de Sete Lagoas promoveu uma Reunião Especial para discutir as demandas reprimidas da rede municipal de Saúde. O encontro foi conduzido pelo presidente da Comissão, vereador Eraldo da Saúde (PSB), com relatoria do vereador Téo da Equoterapia (Podemos) e participação do membro vereador Gilson Liboreiro (Solidariedade). A vereadora Heloísa Frois também acompanhou a discussão.
A reunião contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Jean Barrado, e da secretária adjunta, Eliane Badaró, além de integrantes da equipe técnica da Pasta: a Superintendente geral de média complexidade, Fernanda Duarte Gonçalves, a Superintendente de regulação e auditoria, Ana Paula Pimenta Cursino Portela e a coordenadora da Central de Marcação, Regiane Teixeira de Oliveira dos Anjos.
O diálogo teve como foco principal o levantamento de reclamações e gargalos no atendimento à população, especialmente relacionados às filas de espera para consultas, exames e cirurgias. Entre as principais demandas apresentadas estiveram questões envolvendo atendimento nos ESFs, falta de educação no trato com pacientes, problemas de comunicação via telefone, e a ausência de agentes de saúde na entrega de exames e consultas. Também foram relatadas carências em especialidades como angiologia, ortopedia e oftalmologia, além de dificuldades para realização de exames como colonoscopia, ultrassom, duplex e eletrocardiograma.
Deficiência na estrutura
O secretário Jean Barrado apresentou um diagnóstico detalhado da situação, destacando que parte significativa dos problemas decorre da deficiência tecnológica e de infraestrutura nas unidades de saúde. “Hoje temos cerca de 250 computadores para atender 67 unidades de saúde. A infraestrutura não foi preparada para esse modelo. Os telefones IP, por exemplo, não funcionam adequadamente e dificultam até o registro das avaliações de atendimento”, explicou.
De acordo com Barrado, está em andamento um planejamento para aquisição de mais 250 computadores, com recursos provenientes de repasses estaduais e de transposição de mandatos, além de medidas para melhorar a conectividade das unidades.
A superintendente Ana Paula Portela apresentou as ações previstas em curto, médio e longo prazos, incluindo a realização de mutirões de vasectomia em 2026 e a reestruturação da linha de cuidado em oftalmologia, com a chegada de um novo prestador de serviços que permitirá o atendimento integral dentro do próprio município. “A ideia é que esse prestador possa cuidar de toda a linha de atendimento, inclusive dos casos mais complexos, garantindo resolutividade dentro de Sete Lagoas”, destacou.
Durante a reunião, o relator Téo da Equoterapia questionou sobre possíveis modelos de referência adotados por outros municípios. O secretário afirmou que a dificuldade é generalizada em todo o Estado e que soluções efetivas exigem ações estruturais e integradas.
Encerrando o encontro, o presidente Eraldo da Saúde reforçou o papel fiscalizador e propositivo da Câmara Municipal. “Nosso papel é ouvir a população, cobrar respostas e acompanhar a execução das soluções. Essa reunião foi um passo importante para dar transparência e buscar avanços reais na Saúde de Sete Lagoas”, concluiu.
Por Ascom Câmara Municipal de Sete Lagoas
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