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Comissão de Saúde e Assistência Social discute reabertura do Restaurante do Trabalhador e desafios da política de acolhimento em Sete Lagoas

Encontro aprofunda discussões sobre equipamentos públicos, população em situação de rua, abrigos e políticas para idosos.

A Comissão de Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Sete Lagoas realizou, na tarde do dia  24/11, uma reunião dedicada à análise de demandas urgentes da política de assistência social no município. O encontro foi presidido pelo vereador Eraldo da Saúde (PSB), com relatoria do vereador Téo da Equoterapia (Podemos), e contou com a presença da secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Cidinha Canabrava.

Restaurante do Trabalhador: estudos para reabertura

Um dos principais assuntos debatidos foi a possibilidade de reabertura do Restaurante do Trabalhador. Segundo a secretária, a Pasta avalia o retorno do equipamento público, construído com recursos próprios do município e desvinculado de programas federais. Cidinha explicou que ainda não dispõe de informações oficiais sobre os motivos que levaram ao fechamento, mas destacou a relevância social que justificou sua criação. Ela também mencionou que, em 2022, o município recebeu uma emenda de R$ 230 mil para reforma do espaço, mas não soube precisar como os recursos foram aplicados, já que não estava à frente da Secretaria naquele período.

População em situação de rua: desafios e esforços conjuntos

A população em situação de rua foi outro ponto de destaque. Conforme os dados apresentados, o Centro Pop tem intensificado a compra de passagens para retorno voluntário às cidades de origem, realizando entre 17 e 20 encaminhamentos semanais. Já a Casa de Passagem acolhe, em média, 10 pessoas por noite.

Cidinha reforçou que o município garante acolhimento inicial, higiene, alimentação e apoio para retorno, sendo desnecessárias doações de passagens por parte da população, uma vez que a Prefeitura possui recursos específicos para essa finalidade. Ela também destacou que a cada quatro meses é realizada uma contagem populacional específica, e pontuou que a principal causa da permanência nas ruas é a drogadição, o que torna o tema também uma demanda de saúde pública. “O problema não é retirar o sujeito da rua, é mantê-lo em algum lugar”, afirmou, citando a falta de estruturas adequadas e equipes especializadas.

Outros temas abordados

  • Cestas básicas – Atualmente, cerca de 900 cestas são distribuídas mensalmente pelos CRAS. A secretária enfatizou que o atendimento deve ser responsável e acompanhado, já que a cesta básica representa apenas uma parte de demandas sociais mais amplas.
  • Abrigos institucionais – Foi informado que o CAIC passou a oferecer atendimento integral às crianças e adolescentes acolhidos, restando solucionar a necessidade de transporte escolar.

Sobre o Acolhimento Bem Viver II, Cidinha explicou que não há obrigatoriedade legal de separar meninos e meninas, desde que o ambiente preserve a natureza residencial. A gestão avalia utilizar um imóvel adquirido na Rua Goiás, condicionado à formação de equipe especializada. As reformas nos dois abrigos estão orçadas em cerca de R$ 600 mil.

  • Estrutura da rede socioassistencial – A secretária defendeu que os CRAS sejam instalados em áreas de maior vulnerabilidade e reforçou que a política nacional prevê apenas uma unidade do CREAS em Sete Lagoas. A necessidade futura de concurso público e reorganização da carreira também foi citada, embora dependa de etapas preparatórias.
  • Política para idosos – O presidente da Comissão, vereador Eraldo da Saúde (PSB), ressaltou a aprovação do Projeto de Lei nº 25/2025, de sua autoria, que propõe a criação da “Creche do Idoso” no município. Ele convidou os membros da Comissão e a secretária Cidinha para conhecerem uma iniciativa semelhante em Funilândia. “O diálogo com a secretária Cidinha é sempre muito aberto. Ela tem uma visão ampla e comprometida com o melhor para Sete Lagoas. Agradeço também ao vereador Téo, que tem sido muito atuante. Esta foi nossa terceira reunião temática no ano, encerrando 2025 com importantes avanços”, afirmou Eraldo.

Cidinha também mencionou a parceria com a Vila Vicentina, que recebeu aumento de aproximadamente 40% no repasse municipal, mas alertou que a instituição não será suficiente para absorver a crescente demanda por acolhimento de idosos.

Depoimentos

A secretária avaliou a reunião de forma muito positiva: “Para mim foi uma oportunidade única. Parabenizo a Comissão por abrir um espaço respeitoso e profundo de diálogo, onde pudemos expor propostas, dificuldades e caminhos para enfrentar os desafios que a política de assistência social nos impõe em Sete Lagoas. Também foi uma oportunidade de ouvir sugestões importantes”, destacou Cidinha.

O relator da Comissão, vereador Téo da Equoterapia (Podemos), destacou a relevância do encontro: “Nossa Comissão tem sido atuante. Trouxemos várias demandas e discutimos temas polêmicos, como a situação de rua, o funcionamento dos abrigos e políticas para idosos, crianças e adolescentes. A assistência social precisa dialogar com outras áreas, como saúde e segurança pública. Seguimos cobrando, mas sempre com a perspectiva de somar”, relatou o edil.

Ao final, os vereadores reforçaram a importância de manter o diálogo permanente entre o Legislativo e o Executivo para fortalecer a rede de proteção social em Sete Lagoas, garantindo mais eficiência, humanização e dignidade no atendimento à população.

Por Ascom Câmara Municipal de Sete Lagoas

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