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“Pelve Tropical”: novo projeto idealizado por Leo Guto reúne artistas de Sete Lagoas e propõe uma estética tropical, política e libertária

Um novo som nasce em Sete Lagoas: quente, dançante e consciente.

A efervescente cena musical de Sete Lagoas ganha um novo capítulo com o lançamento da Pelve Tropical, projeto idealizado pelo músico Leo Guto — figura conhecida por sua atuação consistente na cena autoral e por sua presença ativa em iniciativas culturais da cidade. A banda marca uma nova fase da trajetória do artista e apresenta ao público uma proposta ousada: conectar a música pop contemporânea às sonoridades caribenhas e equatoriais produzidas no Brasil, a partir de uma perspectiva afro-latino-americana, política e coletiva.

Formada por músicos locais de destaque — Isterlucio Goulart (guitarra), Samuel Campos (baixo), Markus Kupertino (bateria) e as cantoras Patrícia Palhares e Flávia Silva (backing vocals) —, a Pelve Tropical se consolida como um encontro entre talento, ancestralidade e experimentação sonora. O grupo estreou recentemente em apresentações pela cidade e já foi convidado para a Festa da Consciência Negra da Serra do Cipó, onde se apresenta no dia 15 de novembro, na praça central, celebrando o mês da consciência afro-brasileira com um show vibrante, dançante e cheio de energia.

Entre a lambada e o pop: a fusão que rebola as fronteiras mineiras

A proposta da Pelve Tropical é reinterpretar as raízes culturais que formam a identidade brasileira — especialmente as vertentes afro-indígenas — como ponto de partida para a construção de uma estética tropical, libertária e profundamente política. Inspirada nas músicas do Norte e Nordeste do país, a banda dialoga com gêneros que nascem do cruzamento entre o Brasil e o Caribe, como lambada, cúmbia, carimbó, frevo e maracatu.

Essa fusão sonora revela um Brasil plural e quente, menos “sudestino” e mais ligado às tradições equatoriais, em que a batida, o rebolado e o corpo são instrumentos de expressão política. Leo Guto destaca que a proposta nasce de uma inquietação estética e social:

“A Pelve Tropical surge do desejo de tirar Minas Gerais do lugar da contenção e do quadrado. Queremos trazer o corpo de volta pra música, o calor das nossas raízes tropicais, o rebolado equatorial que pulsa em nós desde antes da colonização. É um projeto que fala de ancestralidade, mas também de futuro e coletividade.”

O nome, o corpo e a ideia

O nome “Pelve Tropical” é, ao mesmo tempo, uma metáfora bem-humorada e uma provocação. Faz referência à centralidade do corpo na música brasileira — especialmente o quadril e o rebolado, símbolos de energia vital, liberdade e resistência. Ao reivindicar essa corporeidade tropical no contexto mineiro, historicamente associado a uma estética mais contida, o grupo propõe uma nova narrativa sonora e política: a de uma Minas que também dança, sua, vibra e se emancipa pelo som.

A estética da Pelve Tropical não se limita à sonoridade. O grupo propõe uma experiência visual e performática, em que figurinos, cores e ritmos dialogam com o imaginário afro-latino e com o calor das florestas, das festas de rua e das lutas populares.

 

Afro-latino-americana, política e libertária

A Pelve Tropical parte da ideia de que, antes da colonização, os povos originários que habitavam o território de Pindorama já viviam em comunidades baseadas em solidariedade, partilha e sustentabilidade. Esses valores — atravessados pela força das matrizes africanas e indígenas — são a espinha dorsal do projeto, que vê a arte como ferramenta de resistência, consciência e comunhão.

Nas palavras de Leo Guto:

“O que nos move é o desejo de afirmar a potência das raízes afro-latino-americanas como força transformadora da arte e da sociedade. A Pelve é sobre libertar o corpo, a mente e o som.”

Da cena local para o mundo

Com uma sonoridade vibrante e politicamente consciente, a Pelve Tropical se prepara para gravar seu primeiro repertório autoral, que deve circular em 2026. O grupo também planeja uma série de apresentações em festivais independentes e eventos culturais pelo estado.

Para Sete Lagoas, o surgimento da Pelve Tropical representa mais do que o nascimento de uma nova banda: é o fortalecimento de uma geração de artistas que têm olhado para o Sul global em busca de referências estéticas e políticas, construindo um som genuinamente brasileiro, plural e contemporâneo.

📅 Show: 15 de novembro – Festa da Consciência Negra da Serra do Cipó

📍 Local: Praça Central – Serra do Cipó (MG)

🎵 Instagram: @pelvetropical

Sugestões para redações:

  • Entrevista:Leo Guto fala sobre a nova fase e a proposta afro-latino-americana da Pelve Tropical.
  • Matéria de cultura:“Pelve Tropical inaugura um novo som em Sete Lagoas: tropical, dançante e político.”
  • Agenda cultural:Show no dia 15/11 na Festa da Consciência Negra da Serra do Cipó.

Foto: Vleydson Santos

Por: Estúdio Terra Plana

 

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